sábado, 5 de abril de 2014

VOCÊ TEM FOME DE QUE?



Refletir sobre alimentação traz algumas questões: "O que eu alimento?", "Como alimento?", "Porque alimento?" A princípio tudo bem fácil de responder, alimento meu corpo, com comida, porque tenho fome, mas será que é só isso?

Qual é a fome que me motiva a buscar o alimento?

Quando a fome vem a partir da consciência, sai em busca de vitalidade, saúde, energia, poder, alegria, criatividade, confiança,... Um olhar atento é direcionado para as escolhas alimentares, e não há permissão para que qualquer alimento entre no cardápio. Existe um chamado atento para selecionar as iguarias que servem a mesa.

Uma comunicação fluída, entre as vontades que vem de dentro e o alimento, é o fio condutor que promove o equilíbrio. Este tipo de fome pede uma alimentação consciente.

Comidinhas que vem cheias de aditivos, conservantes, em caixinhas bonitinhas, se afastam do natural, são geradas pela indústria, invenções de laboratórios químicos, falam a língua das fórmulas, do tentar imitar, do querer ser.

Alimentos processados distanciam da grande Mãe Natureza. Quanto mais distante essa essa ligação, mais frágil se torna a compreensão em Ser natural, espontâneo, autêntico. 

A alimentação natural e orgânica convida a reconectar com a Terra permitindo se sentir pertencente a uma comunidade, a algo maior, ao Cosmos. A consciência do pertencimento traz a verdade do não estar sozinho, do estar com, do fazer parte de um todo, do ser acolhido.

O pertencer não massifica, cada um é único, com habilidades e características próprias. Existe respeito pela diferença, existe acolhimento.

Não há uma verdade única, nem alimento ideal, cada um tem uma necessidade, vive um momento específico. Entender e respeitar a si mesmo pode começar pela compreensão de suas necessidades alimentares, escutando e acolhendo os pedidos do corpo, um corpo com uma história de vida.

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