quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O ENCONTRO SE REVELANDO - parte2


Mais um pouquinho da minha história pra inspirar o dia, pra convidar a quietude!

Cheia de querer saber, de resolver tudo, de acabar com a confusão num piscar de olhos, comecei a atirar pra todos os cantos.
Fazia terapia, consultava o tarô, meditava,... e a pergunta continuava ali: “O que Eu vim fazer?”. Eu perguntava pra todo mundo e ninguém sabia responder, só um monte de conselhos, de achismos, mas a resposta que é bom nem dava as caras.
Percebi que a pergunta estava sendo feita pra pessoa errada, Eu tinha que perguntar era pra mim mesma. Como assim, Eu sei a resposta? Tô aqui perdidinha pedindo ajuda, gritando HELP!!! 
Foi só pensar na possibilidade de me questionar que logo veio um SIM gigante querendo mostrar o caminho.
Era preciso silenciar e mergulhar dentro de mim, só ali poderia encontrar todas respostas que quisesse, mas isso não me parecia tão simples. Porém não custava nada tentar e ver o que acontecia. 
Bora sentar e meditar. Musiquinha tranquila, perninha de índio, olho fechado, inspira, expira, tudo parecia tranquilo, pura paz, mas de repente começou mais um turbilhão. Cara nunca tinha reparado na quantidade de sons, ou melhor, barulhos que carregava comigo. O silêncio tava rolando fora, mas em mim havia uma grande multidão a querer falar, falar, falar.
Na minha inexperiência comecei a querer calar tudo aquilo, e ai o tumulto só aumentou, pura revolta, puro transtorno. Pensei, refleti, e achei melhor ficar na minha, sem essa de querer impor, de criar confusão, de querer resolver.
Olhava tudo aquilo e tentava ser imparcial, isso mesmo "tentava", e quanto mais conseguia deixar de me envolver, mais o tão desejado silêncio surgia.
Aos poucos o silêncio começou a falar e revelou a tal espiritualidade.
Uma nova visão se apresentava, Eu transitava entre o crer, e o não crer. Aquilo ainda era muito recente, não estava familiarizada com a linguagem, não conseguia entender o que era essa espiritualidade, porém começava a me ver.
Nossa aquilo era muito bommm! Tinha sede de saber mais, queria entender como tudo aquilo funcionava. Mergulhei em um mundo de formações: Naturopatia, Ayurveda, Reiki, Florais de Saint Germain, Apomêtria Quântica, Terapia com Cristais, Radiônica, Radiestesia, Constelação Sistêmica, Tarô Terapêutico, Psicologia Transpessoal, ...  o meu caminho foi se revelando, mas nada estava claro.
Passei a acumular cursos, formações, esperando que algum deles me trouxesse respostas. Tinha um pensamento, “Se fiquei sabendo deste curso então tem alguma coisa pra mim”. Minha agenda foi sendo preenchida com uma montanha de compromissos que eu achava que me trariam a resposta. Eu estava em curso, finais de semana, noites, vivia querendo saber.
Aquietando a mente, comecei a ver que quanto mais cursos Eu fazia, mais cursos apareciam. Minha percepção mostrou que, mais uma vez, Eu procurava o saber fora, no outro, e ali Eu não ia achar.
Para, respira, toma fôlego e continua!
Tudo me levava de volta ao silenciar, a meditação se tornava minha grande guia, acalmava, acalentava, transparecia. Mais atenta e receptiva passei a buscar o meu sabor, Eu queria saber o que me fazia pulsar, o que me dava prazer.
A cozinha começou a me chamar, os alimentos a seduzir, o encontro se revelava.

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