O sonho de manifestar o “Café da Anah” tem me deixado um
tanto atarefada e um bocado amedrontada, ao mesmo tempo que uma alegria
movimenta meu Ser um temor de não dar conta fica a palpitar.
Perdida no meio das panelas acabo por achar o riso em cada
fornada de pão, no tremer dos lábios ao sorver o novo iogurte, no arregalar dos
olhos ao provar o requeijão feito de castanhas, no gritar “Uau” com o peito
explodindo de prazer ao descobrir o sabor no inusitado.
As receitas que surgiam e se acumulavam no caderno de
cozinha estão sendo preparadas para serem compartilhadas com muitos, não mais para
ficarem restritas a família e amigos.
O momento é de um Sim bem grande, onde me reconheço como
dona de muito sabor, pronta para semear o que aprendi nestes últimos anos na
cozinha, na vida, no mergulho profundo do meu Ser.
Neste domingo estarei servindo o café de forma experimental
a um grupo fechado, para que no dia 15 de janeiro eu possa atender com o que há
de melhor, revelando o quanto pode ser saborosa uma alimentação saudável.
E nesse momento de manifestação diante do novo me vejo apoiada
pelo meu filho que pediu folga no trabalho para servir as mesas do salão, minha
irmã que trocou seu tailleur de super advogada pela touca de cozinha e o
espremedor de sucos, meu irmão que deixou a balada de lado para transformar meu
desenho em um logo de verdade, minha mãe que apagou alguns cigarros para me
fazer companhia na cozinha, pela grande chef Denise que aceitou o convite de estar
comigo, pela Mari que veio pra fazer acontecer.
A esses se somam a grande Lili que me mostrou o caminho, o
André e a Sabrina que abriram as portas, a Jú, Aline, Léo, Adriana, Carla,
Marina e mais alguns comensais que aceitaram viver a mesa desta pré estréia.
É preciso falar do universo orgânico e dos vários
plantadores que me ajudaram: a Yumi e as bananas de seu sítio em Parelheiros no
ponto certo para assar, o Sebastião e suas batatas doce que trouxeram o toque
especial para os pãezinhos de erva doce, a Vilma e a menta seca que torna o chá
inesquecível, a Rosinha, o Paulo, o Geraldo, o Ivan, o Virgílio, a Simone, a
Bianca e tantos outros que contribuíram direta ou indiretamente para que eu
conseguisse provar o que há de melhor nos frutos da Terra.
A cada um segue um bocadinho da gratidão que sinto por
estarem comigo e derramo em cada alimento preparado em minha cozinha.
Agradeço a você que lê meus textos, participa das minhas
aulas, me estimula a viver o meu sonho.
Agradeço, agradeço, agradeço.
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